Exame de Matemática do 6.º ano acessível
Apenas 633 dos 112.237 alunos inscritos no exame nacional de Matemática do 6.º ano faltaram ontem à prova.
Quer a Associação de Professores de Matemática (APM), quer a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) consideraram-na acessível. Contudo, a SPM pede para “aumentar o nível de exigência”.
Os alunos do 6.º estrearam-se nos exames que contam 25% para a sua nota final (contarão 30% a partir do próximo ano). Esta mudança é vista com bons olhos pela SPM que também se congratula pela não utilização da máquina calculadora, ainda que só numa parte da prova — um objecto que devia “desaparecer completamente” de todos os exames no básico, defende a SPM em parecer. A prova estava “bem estruturada” e com uma “extensão de acordo com o tempo previsto”.
A SPM assinala "unicamente" a ausência de uma pergunta relativa ao cálculo do máximo divisor comum e menor múltiplo comum e, pelo menos, uma "questão de nível de exigência superior que permita diferenciar os alunos de excelente desempenho".
A APM considera o exame de “nível adequado e que percorre todos os tópicos” do programa, diz Elsa Barbosa, presidente da associação, que considera que não é possível comparar as provas de aferição com o novo exame. A prova está dividida em dois cadernos, o primeiro seria "mais acessível" do que o segundo. Era precisamente neste último que os alunos não podiam usar a calculadora, mas o nível de dificuldade nada tem a ver com a não utilização daquele equipamento, salvaguarda Elsa Barbosa.
O Gabinete de Avaliação Educacional prevê que os resultados venham a reflectir a tendência dos últimos anos, ou seja, de descida da média nacional porque se elevou o nível de exigência. De 2010 para 2011, houve uma queda de seis pontos percentuais, de 64 para 58% na média da aferição desta disciplina.
fonte:http://www.publico.pt/